Resumo: Boas práticas, frameworks e soluções que protegem dados, sistemas e a reputação da sua instituição.
A segurança da informação é um dos pilares mais críticos da transformação digital, especialmente no setor público. Órgãos governamentais lidam com uma grande quantidade de dados sensíveis, como informações de servidores, cidadãos, contratos e sistemas estratégicos.
Proteger esses dados vai muito além de antivírus ou firewalls. Envolve cultura, processos, tecnologia e governança. Neste post, reunimos os principais pilares que garantem uma segurança da informação robusta, alinhada às boas práticas de mercado e à conformidade com a LGPD.
1. Confidencialidade, Integridade e Disponibilidade (Tríade CIA)
Toda política de segurança deve garantir:
– Confidencialidade: acesso restrito às informações apenas por pessoas autorizadas
– Integridade: dados protegidos contra alterações indevidas
– Disponibilidade: sistemas e dados acessíveis sempre que necessário
Esses três pilares são a base de qualquer estratégia de proteção da informação.
2. Políticas e normas claras
É essencial definir e documentar regras sobre:
– Acesso a sistemas
– Uso de dispositivos (computadores, celulares, pen drives)
– Senhas e autenticação
– Armazenamento e descarte de dados
– Uso de redes e internet
Todos os servidores devem ser treinados e concordar formalmente com essas políticas.
3. Controle de acessos e autenticação
Um dos maiores riscos em segurança está no acesso indevido. Por isso:
– Use autenticação multifator (MFA) sempre que possível
– Implemente controles baseados em perfis e responsabilidades
– Revise e atualize acessos periodicamente
– Registre logs de entrada, alteração e exclusão
4. Backup e recuperação de desastres
Ter cópias de segurança e um plano de contingência pode evitar perdas irreparáveis. A recomendação é:
– Realizar backups regulares e automáticos
– Testar periodicamente a restauração de dados
– Ter cópias físicas e em nuvem
– Criar e revisar um Plano de Recuperação de Desastres (DRP)
5. Segurança em dispositivos e redes
Além dos sistemas, é preciso proteger os equipamentos e as conexões:
– Mantenha os sistemas operacionais e softwares atualizados
– Use antivírus corporativos com proteção em tempo real
– Restrinja conexões públicas e use VPN em acessos remotos
– Monitore o tráfego de rede e analise comportamentos suspeitos
6. Gestão de riscos e compliance
A segurança da informação deve estar integrada à governança institucional. Isso inclui:
– Mapear e classificar os ativos de informação
– Avaliar os riscos e vulnerabilidades
– Estabelecer controles e planos de mitigação
– Monitorar indicadores de segurança
– Atuar em conformidade com a LGPD, ISO 27001, ITIL e demais normas aplicáveis
7. Cultura e conscientização
Tecnologia sozinha não é suficiente. A conscientização dos servidores e gestores é determinante. Campanhas internas, treinamentos e simulações ajudam a criar uma cultura de segurança contínua e preventiva.
Conclusão:
No setor público, falhas de segurança podem comprometer serviços essenciais, gerar prejuízos financeiros e afetar a confiança da população. Proteger os dados e sistemas é proteger o cidadão. Investir em segurança da informação é, mais do que uma obrigação legal, uma responsabilidade institucional com o presente e o futuro da gestão pública.